Melhor prevenir do que remediar: faça seus check ups

A saúde preventiva é um tema central para o sistema de saúde brasileiro com potencial para reduzir custos e melhorar a qualidade de vida da população. Atualmente, 75% dos brasileiros dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) e menos de 25% dos recursos do SUS são alocados para prevenção. Esse desequilíbrio reflete um modelo de saúde ainda focado no tratamento de doenças ao invés da prevenção, gerando uma sobrecarga no sistema e gastos elevados com doenças evitáveis como diabetes, hipertensão e outras condições crônicas​.

Um dos pilares da atenção primária do SUS no Brasil é a Estratégia Saúde da Família (ESF), mas que ainda enfrenta desafios. Ainda 34% da população está desassistida em relação a ESF, o que corresponde a mais de 72 milhões de pessoas​. Plataformas de saúde privada como a UNIMED, por exemplo, investiram em programas para promover o cuidado integral e incentivar hábitos saudáveis para melhorar a qualidade de vida e bem-estar, um exemplo é o Programa Viver Bem.

Muitos problemas poderiam ser evitados. As doenças cardiovasculares, por exemplo, causam a morte de 400 mil brasileiros todo ano, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). A cada 90 segundos, uma pessoa vai a óbito por doença cardiovascular no país, totalizando 46 por hora. No entanto, 80% desses casos são evitáveis. O gerente de Atenção à Saúde e cardiologista do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Luiz Antonio Pertili Rodrigues de Resende, destaca que uma avaliação rotineira e sistemática de indivíduos assintomáticos é importante para identificar fatores de risco a partir da avaliação clínica, exames laboratoriais e de imagem.

A orientação é para que as pessoas passem por avaliação médica anualmente ou sempre que apresentarem sintomas como falta de ar, dor no peito, inchaço, tontura, palpitações ou desmaio. As informações são da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares vinculada ao Ministério da Educação.

Em relação à prevenção contra todos os tipos de cânceres, o Instituto Nacional de Câncer – INCA promove, através da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC), ações que buscam a diminuição de casos e o aumento das chances de cura com o diagnóstico precoce. “A prevenção e a detecção precoce são estratégias listadas na PNPCC que contribuem para aumentar o acesso aos cuidados do câncer. Ao diminuirmos, em médio e longo prazos, a ocorrência de casos, incluindo aqueles mais avançados, serão economizados recursos que poderão ser aplicados na garantia do acesso universal a tratamentos oncológicos efetivos para todas as pessoas que precisarem”, pontua a coordenadora de Prevenção e Vigilância do INCA, Marcia Sarpa.

Com o envelhecimento da população brasileira, previsto para 2030, a demanda por estratégias preventivas se tornará ainda mais urgente​. Embora avanços tenham sido registrados, a saúde preventiva no Brasil ainda requer atenção estruturada e maior integração entre setores público e privado. As ações de prevenção precisam da participação de todos.

Exames preventivos são gratuitos através do SUS e podem ser solicitados através de consulta com o médico da Unidade Básica de Saúde da Família mais próxima do seu local de residência. Exames básicos também costumam estar cobertos pelos planos de saúde disponíveis no Brasil. A recomendação é simples: faça avaliações médicas anualmente – os famosos check ups – e ao identificar algum sintoma, marcas na pele, qualquer tipo de mudança corporal ou de humor, procure o seu médico ou uma UBS para investigação.

 

Fontes de Informação: Agência Brasil

Sociedade Brasileira de Cardiologia

Instituto Nacional de Câncer

Ministério da Saúde

Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares

UNIMED Porto Alegre

 

Texto publicado no Informativo Fonte nº 93, de dezembro de 2024

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