Falar sobre envelhecimento tem deixado de ser um tabu. As novas gerações e aquelas que já estão na faixa superior aos 60 anos mostram que o etarismo – discriminação e preconceito – em relação à idade não tem espaço na sociedade.

Segundo dados das Tábuas Completas de Mortalidade, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida dos brasileiros aumentou em dois meses e 26 dias, de 2020 para 2021, alcançando 77 anos em média. Ao dividir por gênero, a expectativa das mulheres, chega a 80,5 anos e dos homens, 73,6 anos em 2021.*

A mudança de realidade e de vivermos por um período de tempo maior aciona um alerta: é preciso viver mais e bem. Por essa razão, o planejamento é um dos pontos fundamentais para envelhecer da melhor forma. Mas, quais são os cuidados necessários para atingir esse objetivo?

No mês de fevereiro, a médica-geriatra e ativista da cultura do cuidado, Ana Claudia Quintana Arantes, promoveu o workshop gratuito Os 7 pilares para envelhecer bem, dividido em com três encontros. A especialista destacou que um dos principais desafios no envelhecimento é reconhecer que as coisas mudaram e começar a tratar bem corpo e mente desde cedo, ou seja, começar os cuidados ainda jovens.

Segundo Ana, nós temos uma relação de abuso da mente com nosso corpo, pois sempre buscamos a satisfação imediata, ingerindo coisas que não são boas. Quando se é novo, essa falta de cuidado não é sentida, o corpo consegue dar conta, mas, ao passar dos anos, se os hábitos não são modificados o corpo e a mente sentirão as consequências. Portanto, a prática de atividades físicas alimentação saudável e equilibrada, além de manter a saúde mental são fundamentais para o bom equilíbrio.

Outro fator importante é manter o rejuvenescimento cerebral, que vem do aprendizado. Um estímulo é se desafiar a fazer novas atividades e/ou cursos a todo momento. Outro fator importante é preservar as relações: “nós não temos relações, nós somos relações”, diz. Durante o evento, Ana trouxe um dado de uma pesquisa de Harvard. Conforme o estudo, o que faz a diferença na percepção de felicidade de envelhecimento é a qualidade as relações. Então, a médica sugeriu que fosse feita uma dinâmica entre os participantes. Cada um deveria anotar para si o seguinte: o nome de uma pessoa que te faça sorrir, uma pessoa que você possa ligar para ir ao hospital e uma pessoa que te ligaria para que você a levasse a um hospital. Para quem não lembrou de nenhum nome no momento, a médica reforçou a importância das redes de apoio e de fortalecer as relações.

Na sequência do workshop, Ana explicou que outros pilares são viver com propósito e preservar boas lembranças. A palestrante ressalta ainda que a falta de tempo não pode ser usada como desculpa para esses cuidados prévios. “Quando a pessoa não tem agenda para cuidar do seu bem-estar e se preparar, existe a possibilidade de encontrar lugar na agenda para ficar doente”, afirma.

Segundo a tábua da Funcorsan, as seguintes taxas de expectativa de vida e sobrevida são esperadas:

 

*A tábua do IBGE é um balizador utilizado como referência média para a população brasileira

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